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Das 25 plantas frigoríficas brasileiras habilitadas a vender carnes para a China na última segunda-feira, 09, duas são do Tocantins. Uma delas é a Cooperativa dos Produtores de Carne e Derivados de Gurupi (Cooperfrigu Alimentos) em Gurupi, no sul do Estado, cooperativa registrada no Sistema OCB/TO.
A Cooperfrigu Alimentos atua no mercado de exportação de carne bovina há mais de 20 anos para países como Emirados Árabes Unidos, Egito, Chile, entre outros.
Segundo a empresa, a matéria-prima, vem das fazendas dos cooperados e produtores de todo estado, principalmente da região sul que garante a qualidade dos produtos. Além disso, tem como parceria o confinamento que por meio de um Sistema de Produção Integrada (SPI), com tecnologias modernas, define a nutrição animal de forma balanceada, manejo humanitário e tratamento especial anti-stress.
Segundo o Presidente da Cooperfrigu Alimentos, Oswaldo Stival Júnior, essa é uma conquista e uma notícia significativa para o sul do Tocantins. “Estamos lisonjeados com a aprovação para o mercado Chinês e agradecemos a todos os nossos colaboradores, principalmente aqueles que se debruçaram e estiveram à frente desse processo árduo em que passamos. Me sinto honrado pelo nosso produto final ser identificado e reconhecido no quesito qualidade”.
Foto: Sarah Pires
Com informações da Cooperfrigu Alimentos
Evento contou com a presença do secretário de agricultura familiar e cooperativismo do MAPA, Fernando Schwanke
Dirigentes, cooperados, colaboradores e instituições parceiras do Sistema OCB/TO celebraram na última sexta-feira, 06, em Palmas, os 30 anos da implantação do Sistema no Tocantins. O encontro contou com a participação de autoridades locais e nacionais, dentre elas, o secretário de agricultura familiar e cooperativismo do Ministério da Agricultura, Fernando Schwanke e o Superintendente do Sistema OCB Nacional, Renato Nobile.
O presidente do Sistema OCB/TO, Ricardo Khouri, que já atua há 9 anos frente a instituição, relata a transformação das cooperativas ao longo das três décadas de atuação do Sistema no estado. “A instalação do Sistema cooperativista foi um divisor de águas e permitiu que um braço forte da organização dessas empresas cooperativas pudesse ocupar um espaço com qualidade, competitividade, planejamento da estratégia e operação, ou seja, o Sistema OCB com a inserção do SESCOOP Tocantins permitiu que as cooperativas tocantinenses tivessem acesso a recursos para qualificação profissional, formação de mão de obra e capacitação dos dirigentes cooperativistas”, relembra.
O Superintende do Sistema OCB Nacional, Renato Nobile, afirmou que “o Sistema OCB é fundamental e uma responsabilidade muito grande, mas nós temos essa atribuição de fazermos cada vez melhor e ajudar o desenvolvimento das cooperativas”, destaca.
Investimentos
Em sua participação, o secretário de agricultura e cooperativismo do Ministério da Agricultura, Fernando Schwanke, garantiu que haverá futuros investimentos no sistema cooperativo brasileiro. “Este sistema é primordial para toda essa recuperação econômica que o Brasil vai fazer, ele gera em torno de 260 bilhões de reais, isso já são em torno de 4% do PIB, são quase 400 mil funcionários, então é um setor importante e o Ministério da Agricultura vai apoiar todas as ações de desenvolvimento do sistema cooperativo, porque ele alavanca e gera poder de mercado para os pequenos e médios produtores rurais do Brasil”, garante.
Qualificação
Durante a solenidade, os alunos do MBA em Gestão Empresarial em Cooperativas, realizado nas cidades de Palmas e Gurupi, receberam o certificado de conclusão de curso. A gerente administrativa da Unimed de Araguaína, Valdirene Santos, uma das gestoras capacitadas, comenta os benefícios da qualificação profissional ofertada pelo SESCOOP/TO. “Essa turma veio para fortalecer o nosso conhecimento como gestores de cooperativas e trouxe interação entre os participantes. Creio que tanto eu quanto os meus colegas estamos colocando todo o aprendizado em prática em cada cooperativa. Graças ao apoio do SESCOOP finalizamos e isso agrega muito valor nas nossas atividades do dia a dia”, finaliza Valdirene.
Ascom Sistema OCB/TO
Sarah Pires e Kezia Noá
Uma das datas mais significativas do calendário do país, a comemoração da Independência do Brasil, foi celebrada com o tradicional desfile cívico-militar no sábado, 7 de setembro, em frente a Praça Coronel Lysias Rodrigues, no centro de Pedro Afonso
Um dos destaques do evento, que reuniu diversas instituições do município, a Cooperativa de Educadores de Pedro Afonso (Coed), fundada em 10 de novembro de 2010, encantou o público ao apresentar como tema a campanha Dia de Cooperar, uma grande ação de voluntariado conhecida como “Dia C”.
A importância do cooperativismo pedroafonsino, que conta com a atuação da Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Coapa), Cooperativa de Crédito Sicredi União MS/TO, e da própria Coed, no desenvolvimento regional e na valorização do ser humano, foi lembrada durante a passagem da escola pela Avenida Benjamin Constant.
Entre as ações destacadas pela unidade de ensino, que conta com 23 cooperados, seis assistentes, uma colaboradora e 187 alunos, estão a campanha em prol do Hospital de Amor, Páscoa Solidária, doações para a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) e à Casa dos Idosos de Pedro Afonso, e ainda o apoio na construção das Praças Ecológicas.
Outro momento marcante durante a passagem do desfile foi a apresentação, na língua brasileira de sinais (Libras), que alunos fizeram da música “Vamos construir”.
Interesse pela sociedade
A diretora-presidente da Coed, Gleide Américo de Azevedo, afirmou que o objetivo do desfile foi apresentar valores e os princípios cooperativistas, bem como a sua preocupação com a sociedade e meio ambiente. “Temos várias ações voltadas ao voluntariado, que como cooperativas estamos sempre desenvolvendo juntos. Hoje, mostramos o poder da cooperação e como juntos podemos transformar o mundo com uma atitude simples”.
A pedagoga recém-formada Rita de Cássia Alves afirmou que o desfile emocionou várias pessoas que acompanharam as celebrações do dia cívico. “Foi um desfile lindo, realmente encantador, pois trouxe a importância da solidariedade e do amor ao próximo. A Coed está de parabéns por trazer essa temática e mostrar que as pessoas podem ser ainda mais humanas e ajudar umas as outras”, frisou.
Já a técnica em enfermagem Maria Goreth Lima Sodré contou que levar o cooperativismo ao desfile de 7 de Setembro foi uma iniciativa muito importante. “É para que a população veja que o cooperativismo está crescendo a cada dia e contribuindo com sociedade por meio das iniciativas apresentadas pela escola, que focam principalmente no ser humano”, pontuou.
Cooperativismo no sangue
Com a proposta da força vinda da união, o cooperativismo vem crescendo a cada dia. A campanha SomosCoop, também destaque durante o desfile, busca despertar o orgulho e o sentimento de pertencimento, com uma identidade forte, que abraça todas as causas e apresenta os rostos, a cultura e, sobretudo, as histórias que fazem parte dessa transformadora conexão.
O gerente da agência do Sicredi Pedro Afonso, Vitor Rosalino, relatou que o evento mostrou que quando as pessoas da comunidade, do estado e do país estão juntas por algo tudo melhora. “O cooperativismo prega a união das pessoas em prol de algo melhor. Trata-se de um círculo virtuoso onde todos ganham, justamente o que precisamos em nosso Brasil”, destacou.
Já o presidente Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Coapa), Ricardo Khouri, que também preside o Sistema OCB/Sescoop-TO, salientou que os temas abordados no 7 de Setembro guardam uma estreita relação com o cooperativismo, exatamente pelos seus princípios e valores. “A importância do cooperativismo está diretamente ligada a uma alternativa de promover a paz e a justiça através de uma organização de pessoas que querem se unir com o propósito econômico e social. Apresentar isso à comunidade, durante essa data, é algo bastante especial”, avaliou Khouri.
Ascom Coapa
Com três décadas de atuação, o Sistema OCB/TO completa, neste mês de setembro, 30 anos de atividades em prol do desenvolvimento sustentável do cooperativismo no Tocantins. A instituição congrega cooperativas e filiais presentes em 25 municípios, que contam com mais de 28 mil cooperados e geram quase 7 mil empregos diretos e indiretos.
De acordo com o presidente Ricardo Khouri, são 30 anos de dedicação absoluta à evolução do cooperativismo no estado. “Ao longo da nossa história houveram momentos de lutas e conquistas importantíssimas, mas sabemos que ainda há muito trabalho a ser feito. Estamos constantemente diante de desafios e, hoje, o principal deles é massificar este modelo de negócio enquanto forma de organização social e econômica de produtores de bens e serviços”, afirma Khouri.
Produtividade e sustentabilidade
A Superintendente do Sistema OCB/TO, Maria José Oliveira, destaca que a atuação das cooperativas está diretamente ligada ao desenvolvimento do estado do Tocantins. “Ao longo destes anos as nossas cooperativas passaram por várias transformações e, atualmente, são responsáveis pela exportação de carne e grãos, oferecem diversos serviços de saúde, educação, transporte e soluções financeiras, movimentando a economia, sem perder o equilíbrio entre produtividade e sustentabilidade. O Sistema OCB/TO contribuiu com a evolução destas cooperativas, em especial através do SESCOOP, com foco na oferta de soluções de formação, qualificação e aperfeiçoamento dos cooperados, colaboradores e familiares, se baseando nas melhores práticas de gestão e governança”.
O Sistema OCB/TO
O Sistema OCB Tocantins nasceu com o objetivo de representar e fortalecer o cooperativismo, sendo composto pelo Sindicato e Organização das Cooperativas, instituído em 1 de setembro de 1989, que atua na representação política e institucional das cooperativas; e pelo Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo, implantado no estado em 30 de setembro de 1999, tem por objetivo promover a cultura cooperativa, fomentar a qualificação profissional e o aperfeiçoamento da gestão.
A cooperativa mais antiga
Com mais de 8.000 associados, e presente em diversos municípios do Tocantins, a cooperativa de crédito SICOOB CREDIPAR é a mais antiga registrada no sistema, fundada em 1991. Segundo o vice-presidente do Conselho de Administração da cooperativa, Francisco de Assis, “Graças ao Sistema OCB/TO nós podemos contar com uma forte defesa do setor, alinhada com os princípios cooperativistas. Sentimos uma relação de parceria e mutualidade muito grande, principalmente no que se refere a profissionalização dos nossos colaboradores, dirigentes e cooperados”, relata.
Clique aqui e confira a programação completa.
Ascom Sistema OCB/TO
Sarah Pires| Sarah Tamioso| Kezia Noá - Jornalistas
No Dia Nacional do Voluntariado números do Dia C mostram o compromisso das cooperativas com o país
Todo ser humano possui algum talento incrível e o coloca em prática a todo minuto. Alguns vão além e utilizam seus dons junto a um bem muito precioso: o tempo. Com isso passam a realizar trabalhos que beneficiam comunidades inteiras e, então, transformam vida por vida, até alcançar milhares de pessoas. Esses são os voluntários e, no Brasil, esses ganharam um dia especial: 28 de agosto, Dia Nacional do Voluntário.
Se olharmos para o trabalho desempenhado pelas cooperativas brasileiras ao longo dos anos, podemos encontrar milhares dessas pessoas executando tarefas incríveis graças ao movimento nacional Dia de Cooperar. Há dez anos, cooperativas incentivam projetos voluntários diferenciados, contínuos e transformadores que mudaram a vida de mais de 2,2 milhões de pessoas em todo o país. Para se ter uma ideia, ao longo de uma década, foram mais de 120 mil voluntários atuando incansavelmente para que mais de mil municípios brasileiros pudessem receber iniciativas que, alinhadas aos princípios da ONU, melhoram a qualidade de vida, a saúde, a educação e o meio ambiente.
A partir dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), voluntários cooperativistas têm trabalhado para o alcance das mais de 169 metas da agenda 2030. Os objetivos são grandiosos, do tamanho das questões contemporâneas. Tarefas como acabar com a fome, a insegurança alimentar e a agricultura predatória; garantir a educação inclusiva e equitativa de qualidade; alcançar a igualdade de gênero; reduzir as desigualdades; combater a mudança do clima e os seus impactos e, a cada minuto, é possível encontrar alguém cooperando para que mudanças aconteçam.
NECESSIDADE
Uma das pessoas que procura contribuir para que estas metas sejam alcançadas é a Tatiana Pereira de Souza, instrutora de informática da Cooperativa de Ensino de Ourinhos (SP). Para ela, todos os dias, ao acordar, devemos recordar que fazemos parte de uma sociedade que precisa cooperar por um mundo melhor. “São as nossas escolhas e atitudes que determinam se vivemos bem ou mal. A semente do voluntariado aumenta cada vez mais a corrente do bem, pois as atitudes simples movem o mundo. Juntos somos mais e fazemos melhor", diz.
UNIÃO
Lá no Norte do país a transformação a partir do trabalho voluntário também acontece. Por lá está o Artur Almeida, presidente da Cooperativa de Tecnologia do Acre (Cooperatec). Para ele, o Dia C é a porta para celebrarmos o cooperativismo. “É incrível saber que cooperados brasileiros estão unidos com o propósito de promover projetos que mudam vidas de Norte a Sul do Brasil. Ser um voluntário cooperativista é prazeroso é reconfortante”, pondera o presidente.
TALENTO
“O voluntário precisa ter uma força interior para não desistir frente aos obstáculos; seriedade para atuar com comprometimento e profissionalismo; desprendimento para doar seu tempo e energia, calor humano sobressalente para aquecer outras pessoas. E talento: não necessariamente uma habilidade específica, mas a capacidade de caminhar olhando para frente e, ao mesmo tempo, se preocupando em não deixar ninguém para trás”, comenta Márcio Lopes de Freitas, presidente do Sistema OCB, e parabeniza todos os voluntários pelo seu dia.
“A nossa forma de trabalho torna as cooperativas empresas únicas, distintas de centenas de milhares de estabelecimentos focados no lucro pelo lucro e não no lucro pelas pessoas, como se o ter fosse mais importante que o ser. Aproveito para convidar quem ainda não experimentou esta forma de trabalho que impacta positivamente a sociedade pra se unir ao movimento Dia de Cooperar e assim fazer com que mais atitudes simples mudem o nosso país e consequentemente o mundo”, finaliza.
SAIBA MAIS
A pesquisa Outras Formas de Trabalho 2017, divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), mostra que 7,4 milhões de pessoas realizaram trabalho voluntário, o equivalente a 4,4% da população de 14 anos ou mais de idade. O aumento foi de 12,9% em comparação a 2016.
Entretanto a pesquisa da World Giving Index 2018 – Charities Aid Foundation que publica o Índice Global de Solidariedade, com a medição da solidariedade em 146 países, aponta que o Brasil aparece em sétimo lugar em número absolutos (21 milhões de voluntários) e percentualmente na posição 109 (13%) da população envolvida em ações voluntárias. A pesquisa leva em consideração três modalidades: doação em dinheiro, ajuda a um desconhecido e voluntariado.
Nesta segunda-feira o encontro aconteceu em Palmas e, durante a semana, a ação acontecerá também nos municípios de Gurupi e Araguaína
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Evento está marcado para o dia 6 de setembro, em Palmas

Sistema OCB/TO
Quando o assunto é gerar trabalho, emprego e renda, sempre de forma colaborativa, o cooperativismo é um exemplo e, cada dia mais, chama a atenção de pessoas – sobretudo os jovens – engajadas com a economia compartilhada, consumo consciente e sustentabilidade. É por isso que o Sescoop acaba de abrir as inscrições para o projeto piloto do Somos Líderes, Programa de Desenvolvimento de Liderança.
Voltado a pessoas com idades entre 21 e 35 anos, o programa tem por objetivo preparar o jovem para ser uma liderança do cooperativismo, com uma visão prática da realidade do dia a dia a partir de diversas perspectivas sobre o que é ser líder no contexto no qual vivemos e iremos viver. Toda a metodologia está sendo preparada pelo Sescoop em parceria com a empesa de consultoria HSM. Ao todo, são 35 vagas e a seleção será feita pela Eureca.
O mundo dos negócios exige uma atualização constante em termos de gestão, governança, processos e, até, habilidades profissionais. É por isso que uma das palavras da moda, nos dias atuais, é disrupção, ou seja, a interrupção do curso ordinário de um processo visando uma inovação.
Contudo, quando o assunto é cooperativismo, as inovações que ocorrem só provam que ele é um modelo econômico diferenciado desde sua essência. É o que afirma Ênio Meinen, autor do livro Cooperativismo Financeiro: virtudes e oportunidades. “O cooperativismo é disruptivo desde o seu nascedouro, e o seu pioneirismo, além de mais abrangente e impactante, ainda não foi secundado.”
Em recente artigo, Meinen que é um profundo conhecedor do cooperativismo de crédito, afirma categórico: “Fala-se agora em foco DO cliente (em vez foco NO cliente). Há bancos mudando até mesmo o conceito mercadológico, para dar a impressão de que o cliente, agente passivo/coadjuvante por definição, terá alguma voz. Ora, no cooperativismo o foco sempre foi DO cooperado (sem negligenciar o caminho inverso), uma vez que ele é o dono do empreendimento.”
Assim, nesse ambiente cada vez mais mutante, é preciso assegurar que as inovações sejam capazes não de só de atender às expectativas de um cliente exigente, mas de preservar algo essencial no cooperativismo: o DNA da cooperação. Confira no artigo!
Sobre paradigmas, inovação e o resgate do precedente cooperativo
“Troque suas folhas, mas não perca suas raízes. Mude suas opiniões, mas não perca seus princípios.” (Victor Hugo)
Está correto o diagnóstico que aponta que o cooperativismo financeiro, por aqui, precisa ampliar a sua presença na sociedade, seja pela expansão do quadro social, seja pela densificação do relacionamento negocial com os cooperados. Para assegurar atratividade, terá de melhorar a sua eficiência operativa, racionalizando, consolidando e interconectando as suas múltiplas estruturas de 1º, 2º e 3º níveis (em busca da economia de escopo e do ganho de escala); dar os últimos retoques em seu portfólio comercial; aprimorar os seus processos operacionais, de apoio, de segurança e de acessibilidade ao negócio; qualificar a sua força de trabalho e conferir autenticidade à sua comunicação – deixando de falar como banco e assumindo a narrativa cooperativa. É isso!
No mais, como solução vanguardista para os cidadãos e empreendedores, o cooperativismo chegou bem antes, precisamente há 175 anos, e mantém-se jovem. Na dicção de Robert Shiller, Prêmio Nobel de Economia em 2013, “o movimento cooperativo constitui uma inovação essencial para uma boa e nova sociedade. É, portanto, uma iniciativa sempre atual para esse propósito, uma vez que, embora reconheça a livre iniciativa, não tem o lucro como objetivo... Cooperativismo é sinônimo de boa sociedade” (pronunciamento durante a Segunda Cúpula Mundial do Cooperativismo. Quebec, Canadá, 7 de outubro de 2014).
Economia colaborativa, compartilhada ou de rede; capitalismo consciente; nova economia; responsabilidade socioambiental; descentralização; desintermediação; protagonismo do usuário; horizontalização; user centric; customer experience; employee experience etc., muito citados como novidades no ambiente corporativo, não são nada originais para o mundo da cooperação.
Disrupção, nesse contexto, é a expressão-síntese do momento, e vem associada à seara tecnológico-digital. O cooperativismo é disruptivo desde o seu nascedouro, e o seu pioneirismo, além de mais abrangente e impactante, ainda não foi secundado. Com efeito – e aqui se desconsideram, em razão de seus reais objetivos, por exemplo, as encenações midiáticas de agentes mercantis proclamando-se educadores financeiros –, não se conhece fora da cooperação um modelo organizacional que combine, em equilíbrio, empreendedorismo econômico (progresso material) e desenvolvimento social (cidadania).
Vale lembrar que o protagonismo cooperativo, ao promover a inclusão (especialmente em comunidades remotas e low tech) e a distribuição de renda, gerando valor compartilhado, é fundamental para mitigar o crescente processo de concentração de riqueza, que, por sinal, se acentua com a “revolução” tecnológica. Em síntese, cooperativismo é a equação da economia social ou, por outra, o expoente da economia solidária.
Mas, se quisermos falar em precedência no campo tecnológico, o cooperativismo financeiro também tem suas contribuições. Chegou antes de todo mundo, por exemplo, no acesso a extratos e consultas de saldos por meio do Facebook e na identificação biométrica para utilizar o mobile banking, além de, neste momento, estar no pelotão de frente dos instituidores da rede blockchain do sistema financeiro nacional (RBSFN).
Tudo o mais para uma boa experiência do usuário/cooperado ou as cooperativas financeiras já dispõem, ou estão em vias de ter, pois a imitação nesse campo é muito simples e usual... A única diferença, tomando como referência a capacidade de investimento, é o fato de as cooperativas fazerem mais com muito menos (a relação é de R$ 1,00 para R$ 10,00 dos gigantes da indústria) e, por vezes, melhor – alguns de seus aplicativos, como os apps bancário e de gestão de cartões, estão entre os mais bem avaliados do mercado. Portanto, pode-se afirmar que até mesmo nesse particular são inovadoras!
Em termos de ineditismo operacional, e apenas para mencionar um exemplo, recentemente se anunciou como novidade – no interesse dos portadores –, por imposição normativa oficial, a conversão das transações internacionais com cartões pelo dólar do dia da compra. No cooperativismo financeiro, que efetivamente se volta para o interesse dos seus usuários (cooperados), essa prática já tem mais de dez anos!
Cashback. Eis, também, uma suposta “revolução” no segmento bancário, proclamada por uma das mais badaladas instituições digitais entre nós. A “invenção” consiste na devolução, em espécie, de parte de tarifas e comissionamentos de transações financeiras, uma vez cumprida uma lista interminável de pré-condições. Ocorre que as cooperativas, a partir da concepção, em Rochdale, têm na sua essência o partilhamento integral e incondicional do resultado, direta ou indiretamente, com aqueles que geram o excedente e na proporção que o fazem, sem contar a prática da justa precificação já na contratação das operações e dos serviços.
Crowdfunding é como foi (re)batizada a iniciativa para a mobilização coletiva de recursos destinados a projetos econômicos e sociais. No cooperativismo, desde 1.844, essa ação – que se confunde com a própria cooperação – leva o nome de ajuda mútua.
Suitability (associado à política do “conheça seu cliente”) e disclosure são virtudes muito invocadas atualmente, dadas algumas práticas desleais no mercado financeiro, seja em relação aos usuários, seja na relação concorrencial. O exemplo último é o que envolve a adquirência bancária (maquininhas de cartões). No cooperativismo, dado que o cliente é o dono do negócio, e a transparência um de seus valores universais, não se cogita impingir soluções que não se adequem às necessidades e às condições do tomador, e muito menos disseminar inverdades.
Ainda nessa linha, fala-se agora em foco DO cliente (em vez foco NO cliente). Há bancos mudando até mesmo o conceito mercadológico, para dar a impressão de que o cliente, agente passivo/coadjuvante por definição, terá alguma voz. Ora, no cooperativismo o foco sempre foi DO cooperado (sem negligenciar o caminho inverso), uma vez que ele é o dono do empreendimento.
Accountability é outro atributo que vem sendo enaltecido como elemento virtuoso na cultura organizacional. No cooperativismo, a ética, a responsabilidade pessoal e a prestação de contas assumem relevância tal a ponto de integrar os direcionadores doutrinários do movimento, compondo o rol de valores da causa.
Stakeholders, já não tão recente, é também vocábulo bastante recitado entre nós quando nos referimos ao público de interesse da/na empresa. O cooperativismo, preocupado com o seu entorno desde sempre, tem uma designação própria para o seu mundo relacional, inclusive versada na língua pátria. Trata-se do interesse pela comunidade, o 7º de seus princípios universais.
Ownership, por fim, também vem permeando, com recorrência, o vocabulário corporativo. Não faz muito, uma conhecida empresa da área bancária, “inovando” em suas práticas de empoderamento, doou algumas ações a funcionários, esperando maior engajamento com vistas a melhorar a experiência relacional com os clientes. Parece que não deu certo... Do lado do cooperativismo financeiro, os funcionários, todos, desde que ingressam nas entidades, são coproprietários – em igualdade de condições com os demais cooperados –, assumindo naturalmente a condição de pertencimento.
Estes são apenas alguns exemplos de expressões, ações e movimentos saudados como inéditos, mas que no mundo cooperativo já vêm conhecidos, e aplicados, de longa data.
Não podemos, é claro, acomodar-nos ou inebriar-nos com o que já conquistamos. Devemos estar receptivos ao novo, especialmente sobre o “como fazer”, assimilando a transformação digital em curso (tsunami high tech), internalizando e aprimorando processos e modelos de negócios que impliquem melhores experiências para os cooperados – mas sob a ótica e a escolha destes (donos experience, que também devem ter a opção high touch!) –, sem o que não evoluiremos e nem caminharemos, pessoalmente e com as nossas instituições, para o futuro. Também temos de reconhecer, e enaltecer, o esforço dos atores cujas receitas, hoje, reeditam as quase bicentenárias práticas cooperativistas para a edificação de um mundo melhor.
Mas se rever a forma é essencial para o nosso negócio, preservar o DNA (da cooperação) – particularmente no que se refere ao compromisso com a prosperidade econômica e o desenvolvimento social nos territórios e de seus públicos – é fundamental, mesmo porque não passível de digitalização, robotização, automatização ou reprodução por qualquer forma. Ou seja, não corre o risco de virar commodity...
Além disso, estamos falando de uma proposta que tem a simpatia de 1 entre cada 6 habitantes do Planeta; que só nos Estados Unidos conquista 4,5 milhões de membros a cada ano apenas no segmento financeiro e que emprega 20% mais trabalhadores que a soma das multinacionais ao redor do mundo. Certamente, o mutualismo cooperativo não é uma ideia ultrapassada, mas a própria, substancial e permanente inovação!
Os que operamos no meio não podemos deslumbrar-nos com os alaridos modistas (hypes, buzzwords...); guiar-nos simplesmente pelas fórmulas e soluções-padrão ditadas em atacado; curvar-nos incondicionalmente diante dos profetas do futuro – não raro, por nós regiamente remunerados para adivinhar o que supostamente vem por aí... –, ou aderir imprevidentemente ao livro-texto e aos best-sellers da hora. Muito menos, aceitar a ideia de que o “novo” (fintechs, bigtechs, beBanks, bancos digitais, Alexas, Bias e outros componentes do universo inorgânico e selfservice) desqualifica as instituições (financeiras) cooperativas ou as levará à morte.
Precisamos – sobretudo, eu diria – (re)aprender e apreender o cooperativismo, propósito em si; simples, inclusivo, justo, acessível (até mesmo na linguagem) e, reitere-se, sempre contemporâneo – basta um olhar para a Agenda BC#, do Banco Central do Brasil ... –, porquanto centrado nas pessoas, ativo resiliente e que jamais deprecia. Além de pouco conhecê-lo, alguns de nós, lamentavelmente, ainda lhe temos preconceito.
É nosso dever, a toda hora e em todo lugar, evidenciar, incentivar e, mais que isso, exercitar as características e os precedentes do nosso modelo societário e operacional, pois essa é a nossa identidade, o que nos torna únicos, verdadeiramente originais. Enfim, não podemos colaborar para o triunfo da concepção mercantil, ou converter-nos em uma mera plataforma digital – mais do mesmo! Como ensina a canção de Nando Reis, se formos como os outros, todos iguais, “nossos rostos singulares haverão de se tornar vulgares em meio à multidão”.
Portanto, voltando ao início, preservemos o conteúdo, falemos mais sobre nós e, para “surfar a onda”, atualizemos a forma. Isso nos manterá à frente!
Ênio Meinen, coautor (com Márcio Port) do livro Cooperativismo financeiro: percurso histórico, perspectivas e desafios, e autor de Cooperativismo Financeiro: virtudes e oportunidades. Ensaios sobre a perenidade do empreendimento cooperativo, livro este também versionado no idioma inglês sob o título Financial cooperativism: virtues and opportunities. Essays on the endurance of cooperative entreprise (todos da editora Confebras, lançados em 2014, 2016 e 2018, respectivamente). Nota: Este texto, do qual sou mero porta-voz, foi construído a muitas mãos, sendo fruto de um verdadeiro protagonismo coletivo. Grato a todos que, direta e indiretamente, cooperaram!
A concessão do título de Patrono do Cooperativismo Brasileiro ao padre Theodor Amstad está cada vez mais perto de ocorrer. Nesta terça-feira, o projeto de lei nº 2107/2019, de autoria do deputado Giovani Cherini (RS), foi aprovado na Comissão de Educação, Cultura e Esporte (CE) do Senado. Agora, o PL entra na pauta de votação do Plenário.
O senador Lasier Martins (RS), integrante da Frente Parlamentar do Cooperativismo (Frencoop) e relator do PL, leu o parecer e homenageou o cooperativismo e o Sicredi como primeira cooperativa no RS (link para o parecer aprovado).
O presidente da Comissão, senador Dário Berger (SC) e o vice-presidente da Comissão, senador Flávio Arns (PR), também ressaltaram a importância do cooperativismo para o desenvolvimento de seus estados.
PRIMEIRA COOPERATIVA
Theodor Amstad nasceu em 9 de novembro de 1851, em Beckenried, na Suíça. No ano de 1885 chegou ao Brasil e se dedicou a prestar assistência econômica, social e cultural aos colonos do Rio Grande do Sul, dando início ao processo de fundação das associações de lavradores e cooperativas no estado.
O padre foi o responsável por constituir, em 1902, a primeira cooperativa de crédito brasileira no município de Nova Petrópolis/RS, batizada como Caixa de Economia e Empréstimos Amstad. A cooperativa continua em atividade, porém agora com o nome de Cooperativa de Crédito de Livre Admissão de Associados Pioneira da Serra Gaúcha, a Sicredi Pioneira/RS.
Na manhã do último sábado, 6, os moradores do bairro Taquari e região, em Palmas, participaram da celebração do Dia de Cooperar. As atividades se concentraram na Escola Estadual Maria dos Reis Alves Barros, que ganhou das cooperativas a reforma da quadra de esportes - que estava em estado precário e sem iluminação -, e a revitalização da horta.
Cerca de 150 voluntários participaram das atividades e atenderam quase 1.000 pessoas. Foram ofertados serviços de aferição de pressão arterial e teste de glicemia, cadastro de medula ósseo, palestras sobre educação financeira, protagonismo jovem, prevenção do câncer infanto-juvenil e primeiros socorros. As cooperativas e parceiros também realizaram oficinas de pintura de rosto, produção de bonecos de biscuit e cupcakes, sala de jogos, aula de judô, cinema, cortes de cabelo e muito mais.
Arnaldo Pereira, aluno do curso de corte de cabelo do Instituto Embelleze – uma das instituições parceiras do evento -, manifestou a satisfação em participar. “Sabemos que muitas pessoas não possuem condições financeiras de arcar com um corte de cabelo, por exemplo. Estar aqui e poder mudar um pouquinho a vida das pessoas desperta em nós o desejo de continuar participando deste movimento tão incrível’’, disse.
Os moradores do Taquari não pouparam elogios. Ana Paula Froz, dona de casa, saiu satisfeita do encontro. “Não conhecia este movimento. Aqui todos foram educados, respeitosos e me auxiliaram em questões importantes. Além disso, minha filha e os amiguinhos dela aproveitaram a manhã para se divertir’’. As crianças pintaram os rostos, lancharam e participaram de todas as atividades recreativas.
Para Ricardo Khouri, presidente do Sistema OCB/TO, um dos princípios do cooperativismo é o interesse pelas comunidades. “Um dia só não faz toda a diferença, mas se conseguirmos perpetuar a ideia do voluntariado e da responsabilidade social, multiplicamos isso nos 365 dias do ano e essa será sempre a nossa meta”, atentou.
O superintendente do Sistema OCB Nacional, Renato Nobile, foi o convidado especial desta edição e pontuou que, em 2019, o Dia de Cooperar completa dez anos de realização. “Parabéns ao cooperativismo brasileiro que, nestes dez anos, já beneficiou milhões de pessoas com iniciativas de responsabilidade social totalmente alinhadas aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU. Agradeço também o engajamento das cooperativas e voluntários do Tocantins que estão fazendo aqui um trabalho magnifico”.
Em Palmas, a celebração do Dia C foi realizada com a participação das cooperativas Unimed Palmas, Sicredi União MS/TO, Sicoob Credipar, Sicoob UniCentro Brasileira, Coopanest, Frísia e Coopsget. Foram parceiros: Ruraltins, Hospital de Amor, Hemocentro e o Instituto Embelleze.
As cooperativas se comprometeram com a direção do colégio a retornarem na primeira semana de agosto, após o período de férias escolares, para a entrega oficial da quadra de esportes e da horta para os alunos. “Nosso retorno está agendado para a entrega, mas também para ensinar aos alunos a importância de conservarem o espaço que desenvolvemos’’, pontua Maria José Oliveira, superintendente do Sistema OCB no Tocantins.
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O cooperativismo gera trabalho, emprego, renda e confirma sua importância socioeconômica para o desenvolvimento estratégico do país. É o que apontam os números do Anuário do Cooperativismo Brasileiro (2019), lançando nesta quinta-feira (4/7), durante sessão solene conjunta realizada no Plenário do Senado Federal, em homenagem aos 50 anos da OCB, celebrados em 2019.
Senadores, deputados federais, representantes dos poderes Executivo e Judiciário, e cooperativistas participaram do evento e – atentos – acompanharam o discurso do presidente da OCB, Márcio Lopes de Freitas, que discursou em nome dos 50 milhões de brasileiros ligados ao cooperativismo.
Além do resultado das 6.828 cooperativas, a liderança cooperativista destacou a necessidade de um olhar mais cuidadoso por parte dos parlamentares, para as questões que tramitam no Congresso Nacional.
“Diante da relevância das cooperativas para o país, gostaria de aproveitar a oportunidade para agradecer a todos pelo empenho em desenvolver o cooperativismo brasileiro, mas também para pedir que continuem olhando com o cuidado que as cooperativas merecem. Nós já fazemos muito social e economicamente falando, mas queremos e podemos fazer muito mais! Por isso contamos com cada um de vocês... inclusive dos representantes do governo federal e do Judiciário aqui presentes. Temos demandas urgentes tramitando nas Comissões desta Casa de Leis e nos ministérios e, juntos, podemos transformar o Brasil num país muito mais cooperativo”, enfatizou.
TRABALHO E EMPREGO
Dentre os principais resultados obtidos pelas cooperativas nos últimos anos e destacados pelo presidente da OCB estão o aumento no ingresso de novos cooperados e o crescimento na geração de empregos diretos.
“Estamos na contramão do desemprego! Geramos, entre 2014 e 2018, cerca de 18% a mais de postos de trabalho – bem mais do que os outros setores econômicos. Segundo o IBGE, a empregabilidade brasileira, no mesmo período, cresceu apenas 5%. Tanto que o número de cooperados, ou seja, quem trabalha por um país melhor, também cresceu e o percentual é de encher os olhos: 15%”, destaca o presidente da OCB.
DEPOIMENTOS
CRESCIMENTO: “O cooperativismo promove, diariamente, o crescimento da nação e, por isso, me coloco a disposição das cooperativas brasileiras para defender seus interesses. Acredito muito nesse jeito de olhar o mundo, fazer negócios e de agir em prol de um mundo melhor.” Senador Luis Carlos Heinze(RS), que propôs a sessão solene pelo Senado.
DESAFIO: “Celebrar 50 anos pode ser traduzido como superação de dificuldades e em aprendizados importantes. O grande desafio agora é saber aproveitar as oportunidades de um mercado cada vez mais exigente, sem, contudo, esquecer dos valores e princípios, praticados em mais de 100 países e que torna o cooperativismo um modelo de negócios único.” Deputado Evair de melo (ES), que propôs a sessão solene pela Câmara dos Deputados.
HISTÓRIA: “Aproveito esta celebração para agradecer a todas as pessoas que trabalharam, ao longo dessas cinco décadas, para fortalecer o cooperativismo. A história não nasce sozinha. É gente que a faz e não podemos esquecer daqueles que não mediram esforços para chegarmos nesses 50 anos.” Roberto Rodrigues, embaixador especial da FAO para o cooperativismo mundial
AGRICULTURA: “Hoje, o Brasil pode dizer que só tem uma agricultura, integrando os grandes, os médios e os pequenos para alimentar o país e o mundo. É assim que as cooperativas agem: direcionando o esforço para um único foco. Não temos dúvida de que as cooperativas agropecuárias vão fortalecer o papel do Brasil no cenário internacional”. Fernando Schwanke, Secretário de Agricultura Familiar e Cooperativismo do Ministério da Agricultura
CRÉDITO: “Pretendemos aumentar de 8% para 20% a participação das cooperativas no Sistema Financeiro Nacional e, para isso, pretendemos estimular o crescimento delas nas regiões Norte e Nordeste, não apenas para levar crédito, mas para levar o espírito cooperativo”. Paulo Souza, diretor de Fiscalização do Banco Central do Brasil
LINKS
- ANUÁRIO: Clique aqui para acessar os dados.
- ENTREVISTA: Clique aqui para conferir a entrevista com Márcio Freitas sobre outros destaques do anuário.
- FOTOS: clique aqui para conferir as fotos da sessão solene.
As cooperativas, presentes em todo o país, contribuem com a transformação das realidades ao estimular o desenvolvimento sustentável e fazer a parte delas na construção de um mundo mais justo, feliz e equilibrado. Por isso, o cooperativismo brasileiro realiza anualmente diversas iniciativas de responsabilidade social em todo país. Por meio do movimento Dia de Cooperar, as cooperativas já realizaram mais de 10 milhões de atendimentos, beneficiando milhões de pessoas em dez anos. E agora, em 2019, as iniciativas continuam e, para comemorar o sucesso alcançado, as cooperativas, com o apoio do Sistema OCB/TO, realizarão no dia internacional do cooperativismo, 6 de julho, a celebração deste movimento.
O encontro será realizado às 08h30 na Escola Estadual Maria dos Reis Alves Barros, localizada no bairro Taquari, em Palmas. A programação contará com serviços gratuitos de cidadania, educação, lazer, saúde e beleza. No Tocantins, sete cooperativas e 150 voluntários pretendem beneficiar 2,5 mil pessoas apenas na celebração. “O cooperativismo trabalha na linha de frente do desenvolvimento socioeconômico do país. Celebrar as importantes conquistas que tivemos nos últimos dez anos é a prova de que precisamos acender a fagulha do cooperativismo nas pessoas que estão à nossa volta’’, declara Ricardo Khouri, presidente do Sistema OCB/TO.
Além das atividades a serem realizadas no dia 06, as cooperativas também deixarão uma marca duradoura do movimento na comunidade através da reforma da quadra de esportes, que hoje encontra-se em estado precário e sem iluminação, e a revitalização da horta da escola.
Sobre o Dia C - O Dia C é um movimento nacional de estímulo às iniciativas voluntárias diferenciadas, contínuas e transformadoras, realizadas por cooperativas. Dez anos após sua criação, o movimento já faz parte da agenda estratégica do cooperativismo brasileiro e transforma realidades em todo o Brasil.
Números - Em 2018, 1.706 cooperativas, com o apoio de quase 120 mil voluntários, dedicaram tempo, talento e trabalho para beneficiar mais de 2,2 milhões de pessoas com iniciativas que melhoram a qualidade de vida, a saúde, a educação, o meio ambiente e que estão alinhadas aos ODS da ONU.
Cooperativas - UNIMED Palmas, SICREDI União MS/TO, Frísia, SICOOB Credipar, SICOOB Unicentro Brasileira, COOPANEST, Coopsget.
Mais informações: (63) 3215-3291 | (48) 98867-6057 (whatsapp) |
Pedro Afonso (24 de junho)
Pelo sexto ano seguido, a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Pedro Afonso foi beneficiada com uma ação do Dia de Cooperar (Dia C). Na manhã do dia 24, a entidade recebeu cerca de 300 quilos de alimentos não perecíveis arrecadados durante as inscrições da 2ª Pedalada Cultural Cooperativista, realizada pela Coapa.
A ação contou com a participação de associados e colaboradores da Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Coapa), da Cooperativa de Educadores de Pedro Afonso (Coed) e do Sicredi, e o apoio do Sistema OCB/TO.
A presidente da entidade Maria Jucileide Lustosa agradeceu o apoio que as cooperativas prestaram nos últimos anos durante a realização do Dia C. “Nossa gratidão por tudo que vocês têm feito pela Apae. Essa ajuda nos permite dar mais conforto aos nossos assistidos”, disse.
Paraíso do Tocantins (25 de junho)
A cooperativa Sicredi União MS/TO realizou a ação “Educação financeira inicia na infância” na tarde do dia 25, na Escola Municipal 23 de Outubro, em Paraíso do Tocantins. A iniciativa, que integra o Dia de Cooperar (Dia C), e foi realizada em parceria com o Sistema OCB/TO, visou estimular nas crianças a curiosidade e mostrar a importância da educação financeira.
Os alunos da escola aprenderam sobre educação financeira com vídeos da turma da Mônica produzidos em parceria com o Sicredi e falaram sobre a importância de poupar para o futuro. Cada criança recebeu também um kit com um cofrinho.
O gerente do Sicredi em Paraíso do Tocantins, Willyan Cardoso da Silva, explica a escolha da ação. “Vejo a campanha como muito importante para a comunidade, pois se trata de uma escola em que as crianças já estão na pré-adolescência. Com certeza, muitos vão começar a tomar ciência do quão importante é pensar no futuro, fazendo desde cedo uma poupança e se preocupando em como as escolhas do presente podem interferir no amanhã”, destaca.
Pium (26 de junho)
No município de Pium, no dia 26, a cooperativa Sicoob Credipar entregou para a APAE cerca de 350 kg de alimentos não perecíveis. A arrecadação, que mobilizou associados da cooperativa na cidade, faz parte de uma série de ações que serão realizadas pela Credipar este ano, pelo Dia de Cooperar ou Dia C.
“A Apae é uma instituição muito admirada por nós e é sempre muito gratificante poder contribuir de alguma forma para melhorar a qualidade de vida dos alunos atendidos pela associação”, ressaltou o presidente do Conselho, Gilberto Moraes.
A gerente da agência do Sicoob Credipar em Pium, Andréia Antunes, disse que a arrecadação superou suas expectativas. “Mais uma vez nossos cooperados abraçaram a causa tornando possível ajudar a Apae”, disse acrescentando que os alimentos que foram doados ajudarão instituição a não ter que reduzir o horário de atendimento aos alunos.
Dianópolis (27 de junho)
A cooperativa Sicredi União MS/TO realizou a ação “Amigos do dentinho” no dia 27, no município de Dianópolis. Por meio do trabalho de colaboradores e associados, e com o apoio do Sistema OCB/TO e de odontólogos da região, foram ofertadas palestras educativas, kits de saúde bucal e cestas básicas.
Além disso a cooperativa também promoveu um dia festivo com brincadeiras, pipoca, algodão doce e pula-pula para os alunos. “Toda ação é conjunta com colaboradores e associados. Essa união faz a diferença e ajuda transformar vidas. O Dia C de Cooperar, expressa a força do cooperativismo em prol de transformações sociais.”, finalizou a gerente.
Porto Nacional (29 de junho)
A cooperativa Sicredi realizou a ação “Juntos pelos sorrisos das crianças com deficiência nutricional” no dia 29, em Porto Nacional. Por meio do trabalho de associados e colaboradores, crianças do Centro de Educação e Recuperação Infantil Luzia da Silva receberam um dia de lazer, com lanches e distribuição de brinquedos.
O Centro de Educação e Recuperação Infantil Luzia da Silva faz parte do COMSAÚDE e tem o papel de auxiliar na redução dos casos de desnutrição infantil em crianças de 6 meses a 4 anos. No COMSAÚDE o atendimento às crianças é integral: elas recebem transporte, alimentação, higiene, recreação, atendimentos médicos e de enfermagem, visitas domiciliares e orientação às famílias. As mães também são atendidas com cursos profissionalizantes, oficinas de culinária, confecção de sabão caseiro, entre outros.
Araguatins (29 de junho)
A cooperativa Sicredi realizou a ação “Modificando a cidade com a comunidade” no dia 29, em Araguatins. Por meio do trabalho de associados e colaboradores, e em parceria com a prefeitura, a cooperativa trabalhou na revitalização da praça da cidade.
A revitalização contemplou a reposição de lâmpadas, plantios de mudas, entre outras ações.
Palmas (29 de junho)
Em Palmas, no dia 29, a cooperativa Sicredi realizou a entrega da reforma do Espaço Humanitário das Mães de recém-nascidos do Hospital Dona Regina e a distribuição de roupas e fraudas. A iniciativa chamada “Amor que transforma” contou com o trabalho voluntário de colaboradores e associados da cooperativa.
Para o gerente da agência do Sicredi em Palmas, Júlio Cezar Leite Ferreira, “entregar esse espaço revitalizado é uma forma do Sicredi colaborar com o desenvolvimento da comunidade local. Essa ação, só é possível, com a união de todos os parceiros e associados. E, essa união é a marca da nossa cooperativa”, destaca.
CELEBRAÇÃO ESTADUAL
As cooperativas, presentes em todo o país, contribuem com a transformação das realidades ao estimular o desenvolvimento sustentável e fazer a parte delas na construção de um mundo mais justo, feliz e equilibrado. Por isso, o cooperativismo brasileiro realiza anualmente diversas iniciativas de responsabilidade social em todo país por meio do movimento Dia de Cooperar (Dia C).
Para comemorar o sucesso alcançado, as cooperativas, com o apoio do Sistema OCB/TO, realizarão no Dia Internacional do Cooperativismo, 6 de julho, a celebração deste grande movimento. Em Palmas, o Dia C - que tem a expectativa de receber 2,5 mil pessoas - será realizado com a participação das cooperativas Unimed Palmas, Sicredi União MS/TO, Sicoob Credipar, Sicoob UniCentro Brasileira, Coopanest, Frísia e Coopsget. Serão ofertados diversos serviços gratuitos de cidadania, educação, lazer, saúde e beleza.
No último dia 25, o presidente do Banco Central, Roberto de Oliveira Campos Neto, esteve na sede da Organização das Cooperativas Brasileiras, em Brasília. Ele explicou como o Sistema Nacional de Crédito Cooperativo (SNCC) pode contribuir com as ações da chamada democratização financeira, foco da Agenda BC#, lançada há um mês. Durante o discurso, ele fez questão de destacar como o cooperativismo de crédito é percebido pelo banco. Confira alguns trechos:
PILAR
Um dos pilares do Banco Central é o cooperativismo. As cooperativas de crédito estavam entre os primeiros grupos que estudamos fortemente. Ao longo dos últimos anos, o Banco Central tem apoiado bastante o setor, por meio do desenvolvimento de regulação que considera as particularidades, do fomento e aprimoramento da governança, controle gerencial e de risco e a supervisão especializada em busca de atender os negócios cooperativos.
EVOLUÇÃO
O Banco Central já vem trabalhando muito, mas temos ainda diversos outros projetos vindos aí pela frente. É interessante ver a evolução do cooperativismo de crédito. De fato, é impressionante. É a modalidade de crédito que mais subiu em ativos concedidos e depósitos, entre 2009 e 2019. Então, mesmo durante as crises da década anterior, o cooperativismo se manteve firme nessa trajetória de crescimento, desde 2009, ano da publicação da Lei Complementar nº 130. A gente tem agora que trabalhar para consolidar o setor, por isso temos, dentre os 14 grupos de trabalho, um específico para consolidar e expandir o cooperativismo.
CONSOLIDAÇÃO
Em 2018 tivemos uma redução de cerca de 4% no número de cooperativas singulares (de 967 para 925). Desde 2014, as cooperativas foram repensadas e usam mais tecnologia. Elas não deixam a desejar em nada para cooperativas de outros sistemas e países mais avançados, então, isso é um motivo de grande felicidade. Apesar da redução no número de cooperativas, o número de cooperados ultrapassou 10 milhões entre pessoas físicas e jurídicas. Elas estão presentes em cerca de 2,5 mil cidades e seus postos de atendimento superam a casa dos 5,4 mil. Esse desempenho está diretamente ligado ao modelo de negócio das cooperativas, focado na proximidade com os associados, e ocorre, ainda, graças à sua presença massiva no interior do país.
COOPERATIVA X SPREAD
Um dos problemas de crédito que temos no Brasil, atualmente, e por isso o spread é alto, está dividido em duas partes: um problema de informação assimétrica, ou seja, não existe um sistema de informação muito eficiente e a cooperativa elimina isso, porque ela está mais perto da pessoa que toma o crédito. E o outro problema diz respeito à recuperação de garantias. Na cooperativa isso também é solucionado, porque ela conhece o cooperado, sabe a garantia que ele pode dar, sabe onde ela está. Então, esses dois problemas são eliminados no ambiente da cooperativa.
CRESCIMENTO
O cooperativismo de crédito continua aumentando sua representatividade no Sistema Financeiro Nacional com crescimento bem maior que os demais segmentos. A gente ainda tem objetivos bastante ambiciosos, mas o trabalho de vocês, até agora, é impressionante. Estamos muito contentes com isso.
INCLUSÃO
As cooperativas de crédito são fundamentais para a inclusão financeira, com efeito multiplicador de poupança, de educação financeira. Há vários trabalhos que mostram que quando um agente agrícola, por exemplo, entra numa cooperativa começa a aprender a administrar melhor os insumos, fica mais eficiente. Essa proximidade com o produtor, que é tomador de crédito, gera esse aumento de eficiência de produtividade que nós precisamos.
COOPERAÇÃO
As cooperativas nasceram do rural, mas hoje têm um espectro mais amplo. A gente precisa receber de vocês os inputs para poder melhorar ainda mais a penetração em outras áreas. É uma rua de duas mãos. Precisamos trabalhar juntos. Nós precisamos entender quais são os novos negócios que as cooperativas querem fazer e como podemos ajudar nesse caminho.
O QUE VEM POR AÍ
- Permissão de empréstimo sindicalizado;
- Depósito Interfinanceiro Cooperativo (funding inter cooperativas e sistemas);
- Captação de poupança por cooperativas singulares;
- Uso de Fundos Constitucionais como funding;
- Definição de política para área de atuação nos sistemas organizados;
- Modernização do conceito de área de admissão;
- Realização de assembleias também por meios digitais, garantidos a participação e o voto;
- Possibilidade de as centrais exercerem “intervenção” em cooperativas singulares, bem como de confederações em centrais;
- Aprimoramento da governança e ampliação do Fundo Garantidor do Cooperativismo de Crédito (FGCoop);
- Meta de desenvolvimento regional.
Essas são as medidas que já estamos tomando.
DESAFIOS
Os desafios que temos para o setor são:
- Aumentar a participação do crédito tomado pelos cooperados. Atualmente em 24% e nós projetamos um aumento para 40%.
- Aumentar a participação das cooperativas de crédito no sistema financeiro nacional de 8% para 20%.
- Aumentar a participação dos cooperados de renda mais baixa (até 10 salários mínimos), de 1/3 para 50%. Isso faz parte do movimento de inclusão.
- Aumento da presença das cooperativas nas regiões Norte e Nordeste. Ainda nos falta um projeto integrado de aumento.
Pretendemos contribuir com tudo isso, e o primeiro passo é o aprimoramento da Lei Complementar 130/2009.
Cerca de 200 pessoas de diferentes idades acordaram cedo na manhã deste domingo, 23 de junho, para participar da segunda edição da Pedalada Cultural Cooperativista. A iniciativa, realizada pela Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Coapa), e que faz parte do Dia de Cooperar, uniu a prática esportiva, lazer e história, e atraiu dezenas de pessoas que, em suas bicicletas, percorreram os principais pontos históricos e turísticos de Pedro Afonso.
A saída da Praça Coronel Lysias Rodrigues, onde foi servido um café da manhã e realizado alongamento com o professor de educação física Ney Bezerra.
Durante o passeio, os ciclistas passaram por alguns dos locais mais populares de Pedro Afonso, como o antigo Porto da Balsa do rio Tocantins, a Rua Barão do Rio Branco (a primeira de Pedro Afonso), Câmara Municipal, Bancrévea Clube, Igreja Batista, Tiro de Guerra 1100-4, Igreja Matriz São Pedro, Museu Histórico de Pedro Afonso, Rua Anhanguera, Praça Ecológica Pedro Pinheiro, Passarela Modesto e Rosária Sales, Igreja Santo Afonso, Praça Antônio de Sousa Aguiar e Praça Ecológica IFTO.
A II Pedalada Cultural Cooperativista foi encerrada na sede da Coapa com sorteio de vários brindes.
Conhecendo Pedro Afonso
Os estudantes Dael Walisson Abreu e Alessandro Gomes, de 15 e 16 anos, respectivamente, souberam do evento pela internet, se inscreveram e destacaram a importância de conhecer a história do município. “É bom, pois muitas vezes passamos pelas ruas e lugares e não conhecíamos a sua história. Tipo, a Igreja Batista ser a primeira igreja evangélica de Pedro Afonso”, revelou Dael. “É uma forma de ter mais conhecimento, por mais que more aqui há muito tempo você não conhece toda a história”, completou Alessandro, que reside em Pedro Afonso há oito anos.
O policial militar da reserva Rangel Lima Barbosa, morador da cidade de Bom Jesus do Tocantins, participou da pedalada pela primeira vez e pretende voltar nas próximas edições. “Além de ser um espaço de rever os amigos e de conhecer novas pessoas é um evento para apreciar a bonita história de Pedro Afonso”, elogiou.
O gerente da agência do Sicredi em Pedro Afonso, Vitor Rosalino frisou a satisfação de participar da pedalada pelo segundo ano consecutivo. “Pra nós é um prazer, estamos fomentando o esporte, o lazer, esse encontro de família. Ver os moradores lhe recebendo de manhã cedo, abrindo suas portas para acompanhar a pedalada. Isso é o espírito cooperativista”, afirmou.
Já a presidente da Cooperativa dos Educadores de Pedro Afonso (Coed), Gleide Américo de Azevedo, parabenizou a Coapa por levar famílias inteiras numa manhã de domingo para conhecer a história da cidade.
Representante da diretoria da Coapa, o conselheiro Luiz Gilberto Ramos frisou a participação da comunidade e a tradição do evento. “É muito bonita uma ação que incentiva o esporte e a cultura local. Além disso, a Coapa e as outras cooperativas da cidade desempenham o seu papel de integrar-se a comunidade. Esse é um evento já tradicional na cooperativa”, ressaltou.
Apoio
A II Pedalada Cultural Cooperativista teve apoio do Sistema OCB/TO, 3º Batalhão da Polícia Militar e da Secretaria Municipal da Saúde.
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“Um impulso ao fortalecimento do cooperativismo pedroafonsino”. Assim foi descrito o Projeto de Lei 05/2019, proposto pela vereadora Lili Benício e aprovado por unanimidade pela Câmara de Vereadores de Pedro Afonso, na última sessão ordinária do semestre, realizada na noite da quarta-feira, 19 de junho.
A proposta, que prevê instituir no município a Política Municipal de Incentivo e Apoio ao Cooperativismo, orienta ao Poder Executivo Municipal a realização de várias ações e iniciativas que garantam de forma direta ou indireta a promoção do desenvolvimento social, econômico e cultural por meio do cooperativismo.
Tendo como um dos objetivos o apoio técnico, financeiro e operacional, além do estímulo ao surgimento de novas cooperativas, que refletem no desenvolvimento econômico e social do município, bem como política de parcelamento de tributos e incentivos que evitem a evasão fiscal, o projeto, aprovado por unanimidade dos vereadores, foi comemorado pelos representantes das três cooperativas instaladas em Pedro Afonso.
O presidente da Cooperativa Agroindustrial do Tocantins (Coapa), Ricardo Khouri, que também preside o Sistema OCB/TO, parabenizou a parlamentar e afirmou que este é um grande passo para o cooperativismo de Pedro Afonso. “Ela permite que novas cooperativas surjam e fortalece as que já existem no município. Isso é um avanço muito grande para o cooperativismo. Não é nenhum favorecimento, mas uma construção de uma ponte entre o cooperativismo e o desenvolvimento regional. Teremos, dentro de uma década, um resultado muito grandioso”, frisou.
A presidente e diretora da Cooperativa de Educadores de Pedro Afonso (Coed), Gleide Américo Minucci, afirmou que o projeto possibilita uma colaboração que é buscada há bastante tempo. “Ele [o projeto] é de suma importância para fazer essa ponte entre o município e as cooperativas. O que nos queremos é contribuir com o município, desta forma as cooperativas estão vindo para somar”.
Já o gerente da agência do Sicredi em Pedro Afonso, Victor Rosalino, acredita que a lei vem para fomentar o seguimento e trazer desenvolvimento para a cidade. Segundo ele, a legislação vai possibilitar que as pessoas se unam formando outras cooperativas ou associações para tentar desenvolver a comunidade, um dos princípios básicos do cooperativismo.
Autora do projeto, a vereadora Lili Benício revelou que o cooperativismo é uma das formas de garantir o desenvolvimento local. “Não há dúvidas de que o cooperativismo é um dos caminhos viáveis para se chegar ao desenvolvimento da sociedade pedroafonsina. Por isso, esse projeto é tão importante, pois visa atender os anseios das cooperativas e a implementação desta filosofia que já é tão latente na história do nosso município”, declarou a parlamentar.
Após aprovação do projeto de lei que Política Municipal de Incentivo e Apoio ao Cooperativismo na Câmara Municipal, ele seguiu para sanção do prefeito de Pedro Afonso, Jairo Mariano. (Ascom Coapa)
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O Sicredi – instituição financeira cooperativa com mais de 4 milhões de associados e atuação em 22 estados brasileiros e no Distrito Federal – foi vencedor do Prêmio Efinance 2019, na categoria “Governança”, com o case “Nova Ferramenta para o Programa Pertencer”.
O projeto consiste na estruturação e desenvolvimento de uma nova plataforma – simples, intuitiva, integrada e sistêmica – que melhore a experiência dos usuários, colaboradores do Sicredi, no processo de cadastro e controle dos eventos realizados ao longo do ano, principalmente as assembleias. Momento máximo de participação dos associados nas decisões de suas respectivas cooperativas de crédito, as assembleias ocorrem nos diversos municípios brasileiros onde a instituição atua.
Para os associados, por sua vez, a nova ferramenta proporciona mais agilidade em processos como o registro de suas presenças nas assembleias, auxiliando na sua organização, bem como oportuniza a eles experimentarem novas tecnologias intuitivas e transparentes no processamento de informações das suas respectivas Cooperativas.
Para Romeo Balzan, superintendente da Fundação Sicredi, a iniciativa apoia a entrega da proposta de valor da instituição, de aprimorar o relacionamento cada vez mais ativo, simples e próximo com os associados. Ao mesmo tempo, fortalece o modelo de gestão, que tem, entre outros diferenciais, a participação dos associados nas decisões da sua cooperativa de crédito.
“A ‘Nova Ferramenta para o Programa Pertencer’ representa uma grande evolução no processo de realização das assembleias, desde o início, quando os eventos são cadastrados e os associados convidados, passando pelo registro das presenças, das votações e pesquisa durante os encontros, até o encerramento deles, quando são realizados as contabilizações e o arquivamento de documentos legais. Por isso, a premiação representa um grande reconhecimento ao Sicredi e indica que estamos no caminho certo de nossos objetivos”, afirma Alexandre da Silveira, superintendente de Sistemas do Sicredi.
Em sua 19ª edição, o Prêmio Efinance 2019 é promovido e organizado pela Editora Executivos Financeiros. Uma comissão julgadora, formada por professores especialistas, seleciona e indica os cases vencedores de Tecnologia da Informação (TI) implementados pela indústria financeira – bancos, seguradoras, corretoras, empresas das áreas de crédito, investimentos e meios de pagamentos, fintechs, entre outros players – que mais contribuíram para facilitar o dia a dia dos usuários.
Por dentro do Programa Pertencer
No Sicredi, o modelo de gestão valoriza a participação dos associados, que exercem o papel de donos do negócio, conforme os princípios do cooperativismo. O Programa Pertencer foi criado, justamente, como forma de organizar e estimular essa participação nos processos decisórios dos associados em relação as suas respectivas cooperativas de crédito filiadas ao Sicredi. Com isso, o Programa traz ainda mais transparência para o Sistema como um todo e qualifica a participação desses associados nos rumos e na governança das cooperativas.
O Programa Pertencer também atua na organização dos associados em núcleos, levando em consideração a proximidade geográfica de cada um em função do seu endereço. Essa divisão faz com que todos possam acompanhar a gestão, planejar e participar ativamente das decisões de maneira organizada. Cada núcleo elege um representante, que é chamado de coordenador de núcleo ou delegado, e que tem voto representativo, bem como é responsável por levar as decisões dos demais associados do seu núcleo à assembleia geral da cooperativa de crédito.
Todos os anos, o Sicredi realiza as assembleias de núcleo e assembleias gerais, nas quais são colocados em prática os valores do cooperativismo. Nelas, os principais temas da gestão são debatidos e decididos, como a eleição de representantes, a prestação de contas das cooperativas de crédito e a distribuição dos resultados aos associados, seguindo a lógica de modelo cooperativista, no qual predominam a intensa colaboração e participação. Neste ano, foram realizadas em todo o Brasil mais de 1.500 assembleias, com a participação de mais de 500 mil pessoas. Algumas assembleias chegam a receber mais de mil pessoas. (Assessoria de imprensa Sicredi)